Fruto de uma enorme castanheira, árvore nativa da Floresta
Amazônica, essa noz é superpoderosa. Batizada também de castanha-do-brasil,
possui nutrientes como ácidos graxos, vitaminas B e E, proteína, fibras,
cálcio, fósforo e magnésio. Mas a grande estrela é o selênio, um mineral
altamente antioxidante que garante longevidade. Um estudo da Universidade de
Otago, na Nova Zelândia, afirma que a ingestão diária de duas castanhas-do-pará
eleva em 65% o teor de selênio no sangue. No entanto, as castanhas produzidas
no Norte e no Nordeste do Brasil são tão ricas em selênio que bastaria uma
unidade para tirar o mesmo proveito. A recomendação é de que um adulto consuma,
no mínimo, 55 microgramas por dia.
O selênio combate, por exemplo, o envelhecimento das células
causado principalmente pelos radicais livres e previne o aparecimento de
tumores e doenças neurodegenerativas, como mal de Alzheimer e esclerose
múltipla. A tireoide funciona a pleno vapor na presença do mineral: se não
fosse ele, os famosos hormônios fabricados pela glândula não existiriam. Mas
não vá com muita sede ao pote: "Como qualquer oleaginosa, essa noz é rica em gorduras. Cerca de
70% de sua composição é de ácidos graxos insaturados, como os ômegas 3 e 6, as
chamadas gorduras do bem", explica a nutróloga Cristiane Coelho. Mesmo
assim, em excesso, contribui para o aumento de peso. Uma única unidade contém
27 calorias.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa),
a castanha-do-pará está na lista dos alimentos funcionais. Isso porque, além de
nutrir, ela promove benefícios à saúde: o consumo de uma castanha por dia ajuda
a combater doenças cardiovasculares, diabetes do tipo 2, câncer e obesidade.
"O ômega 3 diminui o triglicerídeo, controla a hipertensão (já que
favorece o relaxamento dos vasos sanguíneos) e é anti-inflamatório. As
vitaminas do complexo B e o magnésio são essenciais para o sistema nervoso,
contribuem para diminuir a ansiedade e melhorar o humor e ainda afastam a
depressão", conta Cristiane.
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